terça-feira, 13 de dezembro de 2011
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Feito Pra Acabar
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
...
Antes de amar-te, amor, nada era meu
Vacilei pelas ruas e as coisas:
Nada contava nem tinha nome:
O mundo era do ar que esperava.
E conheci salões cinzentos,
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se despediam,
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo,
Caído, abandonado e decaído,
Tudo era inalienavelmente alheio,
Tudo era dos outros e de ninguém,
Até que tua beleza e tua pobreza
De dádivas encheram o outono.
Pablo Neruda
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Last kiss
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Bate Papo
Hoje eu parei pra pensar na minha “descoberta” sexual, coloco entre aspas porque na verdade eu não descobri nada! Apenas deixei existir algo que dentro de mim já era vivo!
Eu não joguei futebol e não brinquei de bonecas, não olhei pros pintinhos dos meninos, muito menos pras xoxotinhas das meninas. Fui uma criança da forma mais pura que poderia ter sido.
Depois, namorei garotas e na época era bom (horas gente, eu não tinha outro parâmetro pra comparar- risos). Até que surgiu o primeiro amor gay.
Lembro que na época, com os olhos cheios d’água eu disse: “mãe, desculpa por eu ser gay”. Se eu tivesse que bater aquele papo novamente com ela, eu mudaria essa frase e diria: mãe supera essa, você tem um filho gay (risos).
Engraçado que o meu pavor estava completamente ligado ao que as outras pessoas iriam pensar e nas expectativas que faziam em mim, talvez por falta de maturidade. É impossível saber o sabor da maçã sem antes prová-la, da mesma forma como contar a respeito da sua sexualidade sem mesmo saber como ela se encaixa na sua vida!
Lembro também que minha mãe com os olhos represados me respondeu: “eu já sabia, só estava esperando você me contar” Acho que se ela tivesse que me falar algo desse tipo novamente, iria dizer: Marcos, conta uma novidade! (muitos risos).
No meu caso tudo se deu de forma muito simples e tranqüila, tirando os três dias onde ninguém se falou dentro de casa, o restante foi naturalmente se encaixando!
Descobrir-se gay não muda tantas coisas assim, meu parâmetro e ideal de família continua o mesmo, com a diferença que meu filho terá dois pais.
Porem, ser gay te põem de um lado da sociedade, onde fica fácil visualizar o quanto as pessoas se preocupam com pequenezas e com coisas que,pouco ou nada, irão influenciar em seus cotidianos!
Engraçado que depois que você se posiciona a respeito, as opiniões dos outros perdem completamente a importância e você passa a viver melhor, porque quando não se assume (e assumir é pessoal e não coletivo), você se divide em dois, e nesse caso, “dois” não participam dos mesmos desejos!
Se eu tivesse que conversar com aquele Marcos do passado, eu diria que ele seria um gay maravilhoso! Porque ser gay influenciaria no Homem que ele iria se tornar!
Tenho orgulho de quem sou e não do que sou, encaro a homossexualidade mais como uma característica do que como um adjetivo que me qualifica!
E de verdade..., depois de me entender e me posicionar , as coisas ficaram muito mais simples e o que antes era pesado, passou a ser estrutura !
Marcos Santiago
sábado, 13 de agosto de 2011
Since I Left You
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Alguém Como Você
Por alguém exatamente como você
Eu tenho viajado por todo o mundo
Esperando você aparecer
Alguém como você
Faz tudo valer a pena
Alguém como você
Me deixa satisfeito
Alguém exatamente como você
Tenho viajado por estradas de terra
Baby, procurando alguém exatamente como você
E tenho carregado o meu fardo
Esperando por uma luz
Alguém como você
Faz tudo valer a pena
Alguém como você
Me deixa satisfeito
Alguém exatamente como você
Eu ando procurando por almas
Para saber onde você está
Eu andei pra cima e pra baixo na estrada
Em todo tipo de terras estrangeiras
Alguém como você
Faz tudo valer a pena
Alguém como você
Me deixa satisfeito
Alguém exatamente como você
Eu estive em todo o mundo
Marchando ao som de um tambor diferente
Mas só recentemente me dei conta
O melhor ainda está por vir
Alguém como você
Faz tudo valer a pena
Alguém como você
Me deixa satisfeito
Alguém exatamente como você
Alguém exatamente como você
Alguém exatamente como você
O melhor ainda está por vir
Oooh o melhor ainda está por vir
Alguém exatamente como você
terça-feira, 7 de junho de 2011
Não Gosto dos Meninos
"descoberta sexual"
terça-feira, 24 de maio de 2011
Oração - A banda mais bonita da cidade
Tenho confetes no peito, sei lá, acordei assim.
Misto de saudade, sonhos, e de felicidade também!
Espero que gostem tanto quanto eu gostei!
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Pressure - Quadron
to get you under my pressure
i've been trying to hurt you
for as long as i can remember
looking for the spineless point
and change your summer into winter
when i look into your deepest
i see myself at my weakest
i am walking deep waters
to burn your spendid and virtuous bridges
but you said
show show show
but i wont
grow grow grow
i've been trying
to get your under my pressure
you've accepted my crimes
as if you knew they were coming
like nicking candy from a kid
you been defeating my verbal beatings
no i wont stop my torture
until you show you got tears too
i'd rather you deal with your temper
than feel your careless empathy
but you said...
sexta-feira, 6 de maio de 2011
O amor venceu!

Pois é, o amor venceu!
Agora eu tenho Pátria e me sinto igual!
Deixo os armários para aqueles que os desejam, sem julgamento ou preconceito! Afinal, cada Borboleta tem seu tempo pra voar.
Aos preconceituosos, o silencio! Pouco importa as suas opiniões! (nunca entendi porque “alguns não gays” opinam no cotidiano gay). Do que interessa aos demais, se no meu plano de saúde existe um homem como dependente? (risos)
Mas tudo bem, agora são águas passadas. O importante é que ganhamos um País mais justo, saímos da pré-história, agora temos fogo e estamos no caminho da roda!
Estou tão orgulhoso!
Imaginem só, nesta noite, quantos casais irão dizer:
Amor, você aceita se casar comigo?
Marcos Santiago
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Testemunho

Engraçado descobrir que o amor pode nascer em lugares onde antes tudo parecia ser escasso.
Eu pude ser testemunha de duas almas unidas por uma única grande força, incontrolável, indomável, irracional e até um pouco inconseqüente!
Pude ver duas pessoas cruzarem o oceano em busca daquilo que, de verdade, seria um sopro de vida! Pude ver o brilho nos olhos ao desenhar os sonhos, pude ver os pespontos de uma colcha de retalhos de mundos completamente diferentes sendo unidos! Pude ver uma nova forma de amor!
Eu vi uma mulher se apaixonar por outra, notei seus medos, seus valores sendo refeitos.
Vi uma nova idéia de família se formar, planos realinhados, vi alguém ser feliz novamente!
O amor às vezes se apresenta como um fruto frágil e de sabor intenso. E mesmo antes que se possa dar conta, ele nos é tomado como que por seqüestro!
Como num triste romance, vi o amor ser cúmplice da dor, vi a amada deixar a outra, sem prévio aviso, sem mesmo notar que a deixara!
E da mesma forma como chegou, se foi intenso e indescritível, mas cheio de dor!
Não quero julgar os desígnios de Deus, nem tão pouco sou capaz de entender as tantas maneiras de como ele se pronuncia em nossas vidas, mas acredito que um grande amor não se interrompe nem tão pouco termina, apenas aguarda um recomeço em um lugar melhor!
Pude vivenciar, mesmo que de longe, o amor duas mulheres atravessar oceanos, transpassar medos, munir-se de vida e se completar na outra!
Pude notar que amor basta sim, que ele pode, que é suficiente e capaz de transformar!E que mesmo sem a nossa capacidade de enxergá-lo ou entende-lo em suas vestes mais diversas, lá ele esta, e tenta nos ensinar algo!
Claro que para quem perde um amor a dor é dilacerante, porque quem a sofre enxerga a perda e não a transformação! Porque quando o amor se vai ele deixa vestígios de saudade.
Enxergo o amor como sinônimo de Deus, e por isso sei que ele é eterno. Sei que o amor vivido aqui (e não me pergunte como!), será vivenciado de outras tantas maneiras em alguma outra parte de algum outro lugar!
E que tudo ao primeiro olhar perece muito vago, mas para quem ama basta.
Porque só quem ama sabe, mesmo em tempos de dor, que amar vale a pena. E que o reencontro é uma realidade e não uma suposição!
Marcos S. Santiago
(Para Gé e Carla com carinho)
quinta-feira, 31 de março de 2011
Going All Out
quarta-feira, 30 de março de 2011
One Of These Mornings
domingo, 27 de março de 2011
terça-feira, 22 de março de 2011
quarta-feira, 16 de março de 2011
quarta-feira, 9 de março de 2011
terça-feira, 8 de março de 2011
"...A sexualidade não admite opções, simplesmente é...."

A homossexualidade é uma ilha cercada de ignorância por todos os lados. Nesse sentido, não existe aspecto do comportamento humano que se lhe compare.
Não há descrição de civilização alguma, de qualquer época, que não faça referência à existência de mulheres e homens homossexuais. Apesar dessa constatação, ainda hoje esse tipo de comportamento é chamado de antinatural.
Os que assim o julgam partem do princípio de que a natureza (ou Deus) criou órgãos sexuais para que os seres humanos procriassem; portanto, qualquer relacionamento que não envolva pênis e vagina vai contra ela (ou Ele).
Se partirmos de princípio tão frágil, como justificar a prática de sexo anal entre heterossexuais? E o sexo oral? E o beijo na boca? Deus não teria criado a boca para comer e a língua para articular palavras?
Se a homossexualidade fosse apenas perversão humana, não seria encontrada em outros animais. Desde o início do século 20, no entanto, ela tem sido descrita em grande variedade de espécies de invertebrados e em vertebrados, como répteis, pássaros e mamíferos.
Em virtualmente todas as espécies de pássaros, em alguma fase da vida, ocorrem interações homossexuais que envolvem contato genital, que, pelo menos entre os machos, ocasionalmente terminam em orgasmo e ejaculação.
Comportamento homossexual envolvendo fêmeas e machos foi documentado em pelo menos 71 espécies de mamíferos, incluindo ratos, camundongos, hamsters, cobaias, coelhos, porcos-espinhos, cães, gatos, cabritos, gado, porcos, antílopes, carneiros, macacos e até leões, os reis da selva.
Relacionamento homossexual entre primatas não humanos está fartamente documentado na literatura científica. Já em 1914, Hamilton publicou no Journal of Animal Behaviour um estudo sobre as tendências sexuais em macacos e babuínos, no qual descreveu intercursos com contato vaginal entre as fêmeas e penetração anal entre machos dessas espécies. Em 1917, Kempf relatou observações semelhantes.
Masturbação mútua e penetração anal fazem parte do repertório sexual de todos os primatas não humanos já estudados, inclusive bonobos e chimpanzés, nossos parentes mais próximos.
Considerar contra a natureza as práticas homossexuais da espécie humana é ignorar todo o conhecimento adquirido pelos etologistas em mais de um século de pesquisas rigorosas.
Os que se sentem pessoalmente ofendidos pela simples existência de homossexuais talvez imaginem que eles escolheram pertencer a essa minoria por capricho individual. Quer dizer, num belo dia pensaram: eu poderia ser heterossexual, mas como sou sem vergonha prefiro me relacionar com pessoas do mesmo sexo.
Não sejamos ridículos; quem escolheria a homossexualidade se pudesse ser como a maioria dominante? Se a vida já é dura para os heterossexuais, imagine para os outros.
A sexualidade não admite opções, simplesmente é. Podemos controlar nosso comportamento; o desejo, jamais. O desejo brota da alma humana, indomável como a água que despenca da cachoeira.
Mais antiga do que a roda, a homossexualidade é tão legítima e inevitável quanto a heterossexualidade. Reprimi-la é ato de violência que deve ser punido de forma exemplar, como alguns países fazem com o racismo.
Os que se sentem ultrajados pela presença de homossexuais na vizinhança, que procurem dentro das próprias inclinações sexuais as razões para justificar o ultraje. Ao contrário dos conturbados e inseguros, mulheres e homens em paz com a sexualidade pessoal costumam aceitar a alheia com respeito e naturalidade.
Negar a pessoas do mesmo sexo permissão para viverem em uniões estáveis com os mesmos direitos das uniões heterossexuais é uma imposição abusiva que vai contra os princípios mais elementares de justiça social.
Os pastores de almas que se opõem ao casamento entre homossexuais têm o direito de recomendar a seus rebanhos que não o façam, mas não podem ser fascistas a ponto de pretender impor sua vontade aos que não pensam como eles.
Afinal, caro leitor, a menos que seus dias sejam atormentados por fantasias sexuais inconfessáveis, que diferença faz se a colega de escritório é apaixonada por uma mulher? Se o vizinho dorme com outro homem? Se, ao morrer, o apartamento dele será herdado por um sobrinho ou pelo companheiro com quem viveu trinta anos?
(Drauzio Varella)